Domingo é dia dos Pais. Dia de casa cheia, presentes, risadas, abraços, comida reconfortante e muitas histórias. Ou não. Em alguns lares será mais uma data comercial comum, sem presentes, sem alegria.
E essas duas faces do mesmo dia são compreensíveis, sem muito esforço. Há lares em que a mãe é o pai e mãe, casas em que o pai por um motivo ou outro está ausente. E é essa reflexão que gostaria de trazer hoje. Quando você pensa neste dia, que pai você gostaria de ser para seus filhos? Eu ainda não sou pai, mas espero ser um pai incrível para meus filhos.
Nesses momentos, me espelho no meu pai e no grande homem que é. E também nos pais dos noivos que eu retratei, e de modo especial, nos pais das noivas.
Na maioria das vezes, são homens que desdobraram-se a vida inteira em suprir, junto às suas companheiras, todas as necessidades físicas e emocionais de suas filhas.
Pais que ensinaram suas filhas e filhos a andarem de bicicleta ou a fazerem os deveres da escola.
Aqueles que liam o jornal com cara séria ou ainda, rindo de algum filme de comédia pastelão ou ainda se arrumando para ir à igreja.
São esses recortes que enchem não apenas o meu coração de amor e paz, mas de suas filhas, quando elas me falam dos seus pais, das fotos que esperam fazer juntos no dia do casamento, do quanto o seu paizinho é maravilhoso e especial, e de quão sortudas elas são por serem suas filhas.
O pai, eu penso, deveria ser sempre o melhor amigo que um filho ou filha poderia ter. Deveria ser sempre disponível, e ter as palavras certas, sempre que um filho quebre a cara por qualquer motivo.
O pai também, nesta lógica, deveria ser melhor companheiro uma mãe poderia ter. E se por algum motivo, tenham traçado caminhos diferentes, que mantivessem o respeito e a admiração mútua.
Olha, pra ser sincero, os pais deveriam ser imortais. Assim como as mães, assim como o amor!
A jornada de um pai não é fácil. E vejo isso também nos diversos pais que já fotografei ao longo da carreira.
Deles geralmente se espera a emoção comedida e as lágrimas discretas. E sempre me pergunto : "Quem foi que disse que o pai do noivo ou da noiva não pôde chorar compulsivamente, se emocionar na entrada do filho ou da filha na igreja?"
Ora, bolas! De um pai, ainda se espera sobriedade, mesmo em um momento singular da sua vida. Que não chore ao seu abraçado, que não se emocione com a conquista de um filho ou que não se debulha em um milhão de lágrimas quando sua cria vem ao mundo.
Então, para domingo e para sempre, lembre-se de dar um abração no seu pai, dizer que o ama e o quanto é importante em sua vida! Vá na contramão dessas prerrogativas ultrapassadas e frias e demonstre seu amor. Acredite: esse é o melhor presente que um pai poderia ter!
Nunca é tarde para expressar o amor e a gratidão.
Um Feliz Dia dos Pais!